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Insegurança alimentar no Brasil foi piorada com a guerra, diz diretor de ONG

O diretor-executivo da Ação Cidadania, Kiko Afonso, disse à CNN que a guerra na Ucrânia afeta de muitas maneiras o Brasil, principalmente na questão da insegurança alimentar.

Afonso comentou que apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo, “uma coisa que pouca gente sabe é que o Brasil depende quase que 85% da importação de fertilizantes para a produção desses alimentos, e a Rússia é um dos maiores produtores de fertilizantes no mundo” avaliou.

Ele explica que quando se tem uma guerra como essa, ela impacta não só na questão da oferta dos produtos, mas também a falta de fertilizantes — fazendo com que o país tenha uma dificuldade de olhar no horizonte para a produção de alimentos.

“Isso encarece a produção de alimentos locais e o Brasil infelizmente não se planejou para isso” afirma. Para Afonso, o país enfrenta uma situação de insegurança alimentar muito grave no momento.

Questionado se seria possível o Brasil começar a investir na produção de fertilizantes — para diminuir a dependência de importações, que afeta todo continente — Afonso respondeu que o Brasil, nos últimos anos, tem se caracterizado por procurar soluções de última hora e de emergência, sem qualquer planejamento. “Criar um processo de produção de fertilizantes no Brasil demora”, afirmou.

Ele vai além: “quando se olha essa situação, como um país como nosso não consegue alimentar os próprios brasileiros, vai conseguir dar uma solução para países da América Latina?”, questiona.

A agência de alimentos e agricultura das Nações Unidas, FAQ, disse em março que os preços de alimentos e matérias-primas para rações podem subir entre 8% e 20% como resultado do conflito na Ucrânia, provocando um salto no número de pessoas desnutridas em todo o mundo.

Sendo o nono país mais desigual do mundo, 116 milhões de pessoas convivem com algum grau de insegurança alimentar no Brasil, segundo a Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional).

Confira acima a entrevista completa.

 

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