Search
Close this search box.
Search
Close this search box.

“Influência é Ferramenta de Ascensão Social no Brasil”, Diz Rafaela Lotto, da Youpix

Rafaela Lotto: “O Brasil já tem tamanho suficiente para trazer pautas importantes para o que esse mercado precisa discutir”

Acessibilidade




O Youpix Summit, um dos primeiros eventos realizados no Brasil sobre creator economy, retorna nesta terça-feira, 22 de outubro, em São Paulo. Nele, o grande desafio é discutir o profissionalismo do setor que movimenta mais de US$250 bilhões globalmente, segundo o Goldman Sachs. De acordo com a própria Youpix, o país possui mais de 10,5 milhões de influenciadores, ou também criadores de conteúdo.

“O Brasil já tem tamanho suficiente para trazer pautas importantes para o que esse mercado precisa discutir”, destaca Rafaela Lotto, Head da Youpix no Brasil. Em entrevista, ela ressalta os desafios da economia da influência no país, os diferenciais criativos do Brasil e aponta tendências discutidas no setor.

Leia também

Forbes Brasil – Qual o atual estágio da creator economy no Brasil?
Rafaela Lotto – Eu diria que estamos amadurecendo para entender que o creator economy não é só sobre criadores fazendo publicidade para marcas. Estamos despertando para um pensamento mais empreendedor, inclusive atraindo startups para operarem nesse ecossistema.

FB – Quais os principais desafios, neste momento, dessa indústria?
Rafaela – Eu diria que é o olhar para “além”. Quando todo mundo estiver olhando para o conteúdo como produto, vai ser difícil que todo mundo cresça na creator economy. A partir do momento que olhamos para o conteúdo e a influência como um meio, a coisa muda.

FB – O Brasil tem algum diferencial quando falamos em creator economy comparado a outros mercados?
Rafaela – Diria que dois: a criatividade (que também vem com uma boa dose de consumo intenso das redes), que faz com que o brasileiro seja naturalmente um creator. Mas em segundo plano, a dinâmica da nossa economia e sociedade acabam empurrando muita gente para essa forma de empreendimento. Ser influenciador é ferramenta de ascensão social. Num país desigual, com pouco acesso à educação de qualidade para grande parte da população, ser creator é uma forma de empreendedorismo das mais democráticas. Se esses negócios se sustentam, é outra discussão, pois apesar de empreendedores nós temos pouca educação financeira e assim como muitos outros negócios, as empresas da creator economy também podem durar pouco.

FB – O que você classificaria como tendência de curto e médio prazo para a creator economy brasileira?
Rafaela – Apostaria nas startups que estão de olho nesse mercado.

FB – Inteligência artificial muda, de fato, a vida do creator, ou é só mais um hype?
Rafaela – Acho que impacta na mesma medida que impacta tantas outras profissões e mercados. Quem sabe usar pode alavancar demais a produção. Mas hoje eu aposto que a IA está ajudando a criar escala para quem já produz. A dublagem, por exemplo, pode multiplicar o conteúdo de um creator em escala global. Mas vejo que esse é só o começo bem prático disso, tem muito mais que pode ser escalado, otimizado, inventado.

Escolhas do editor

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Proposta na Câmara pode gerar crédito específico para agricultura familiar

Um Projeto de Lei que está em apreciação na Câmara dos Deputados prevê a criação…

EUA Registram Primeiro Surto da Gripe Aviária Letal H7N9 desde 2017

Getty Images Mais recente surto de H7N9 foi detectado em uma fazenda com 47.654…

Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física começa hoje

O prazo de entrega da Declaração Anual do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2025,…